Cada país da Africa tem alimentos tradicionais muito distintos, que foram fortemente influenciados pelos países europeus que estavam eminente em seu passado e também pelo comércio de escravos e alimentos indígenas. Ao longo dos anos, esses pratos foram se fundindo para criar refeições muito típicas que são apreciados por todas as pessoas.
Na África do Sul, por exemplo, povos indígenas vieram para trabalhar nas lavouras de cana de açúcar e trouxeram com eles seus conhecimentos de curries e especiarias. Hoje, todos os grupos culturais criam seus próprios pratos de curries. Um currie Potjie é um bom exemplo disso. A Potjie ou Potjiekos é como um guisado com uma variedade de carnes e legumes. É, normalmente, cozido em fogo aberto.
ÁFRICA CENTRAL
A culinária tradicional de Angola é influenciada pela portuguesa e pela moçambicana, tendo também recebido nos últimos anos uma forte influência da culinária brasileira.
Os ingredientes mais comumente utilizados são cereais cultivados há séculos no país, entre eles sorgo, painço e milho, além de feijão frade, lentilha, inhame, dinhungo e quiabo. Entre as frutas, os destaques são para a melancia, o tamarindo e o fruto do imbondeiro. O azeite de dendê é importante no preparo de várias receitas.
O prato mais popular em Angola é o funge, uma massa cozida de farinha de milho ou de mandioca. Pode acompanhar carne ou peixe. Outra receita tradicional é a muamba, que pode ser preparada com galinha, carne seca ou peixe, acompanhada de quiabo e dendê.
AUSTRAL E ORIENTAL DA ÁFRICA (SUL E LESTE)
A presença árabe na cozinha do leste do continente é fato bastante conhecido, a relação começou a mil anos atrás quando eles navegavam com arroz e especiarias, estes que hoje marcam presença na comida Suaíli das regiões costeiras. A partir do Novo Mundo eles descobriram o pimentão, tomates e batatas. Limões e porcos domésticos vindos da China e Índia completam a lista.
Ao se deslocar mais para o interior, é notável a presença do gado, ovelhas e cabras, todos considerados moeda de troca pelos pastores. Os animais também servem para a alimentação, contudo apenas para a confecção de produtos oriundos do leite, geralmente sua carne não é consumida. Os habitantes da região preferem a pesca – que fornece a proteína – e também o consumo de grãos, feijão e legumes.
Nesta região da áfrica praticam-se várias atividades que garante a alimentação, tais como a agricultura e a criação animal e também a pescaria.
O gado é considerado como um símbolo de riqueza em grande parte da África. Desta forma, os agricultores que possuem gados usam-nos para trabalhar a terra e posteriormente são vendidos para produção de produtos enlatados derivados dos gados tais como (linguiça, carne moída, palone, etc) poucas vezes acontece que as famílias comem a carne do animal que criaram, isso pode acontecer quando são ocasiões de festa em que é preciso algo especial para complementar a alegria.
Muitas pessoas no Sul e Leste se baseiam principalmente em grãos, feijões e legumes, e também os produtos da pescaria, como peixes e mariscos, que fornecem muita proteína na sua alimentação em regiões costeiras, ou que possuem lago ou rio.
Milho moído ou milho (chamado "milho doce ' em algumas regiões) é usado como a base para muitas refeições.
A farinha de milho é cozido com água para formar um mingau duro (chamado ugali ou nsima em certos países). Às vezes ele é feito em uma massa. A nsima (fotos acima) é muito consumida por ser barato e fácil de produzi e também rico em amido, é servido com molhos ou ensopados e os mais diversos tipos de caril que se pode imaginar.
A culinária da região sul de áfrica combina as tradições de muitas culturas e influências. Por exemplo, o milho e leite azedo eram historicamente os principais componentes da sua dieta alimentar. Quando os europeus chegaram, a cozinha Sul Africana começou a incluir pratos de carne, como salsichas e tortas. Os malaios e indianos trouxeram vários tipos de caril e especiarias. Influências árabes podem ser vistas na cozinha do Leste Africano. Por exemplo, arroz cozido a vapor é servido com especiarias como açafrão, cravo e canela. Trabalhadores indianos e imigrantes também trouxeram seus alimentos com eles, como caris temperados vegetais, sopas de lentilha, chapatis (foto acima) e picles.
As terras africanas produzem também muitas frutas. Laranjas, limões são muito usadas na culinária para realçar o sabor dos pratos. Outras frutas como manga, papaia e ananás (abacaxi) são bons aliados para a sobremesa.
COMIDA DO OCIDENTE
A culinária da África Ocidental tende a confiar mais em alimentos pesados ricos em amido (conhecidos como carboidratos), que fornecem energia. Normalmente, os africanos ocidentais apimentam o sabor das suas refeições com especiarias quentes, como pimentas, pimentão, ou molhos como o molho de amendoim.
Um exemplo de uma comida típica dessa região e rica em amigo é Fufu (foto acima). Este prato é feito de raiz de vegetais moído, como inhame ou mandioca. É normalmente acompanhado de molhos ou ensopados.
O cereais variam de região para região, mas o milho é comum em muitas áreas. Pratos de arroz são também amplamente consumido na região.
Ao longo da costa, rios e lagos, os peixes são também uma fonte importante de proteína.
Maafe ou amendoim cozido, preparado por um cozinheiro senegalê. É um guisado ou molho (dependendo do teor de água) comum a grande parte da África Ocidental. Origina-se do povo Mandinka e Bambara do Mali. Variantes do prato aparecem na culinária de países em toda a África Ocidental e África Central.
A mandioca, outra raiz “visitante” que se radicou na África, é igualmente uma das fontes de energia utilizada nas regiões mais secas.
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