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  • Foto do escritorElisa Gabriela

Fossa das Marianas


A Fossa das Marianas é o local mais profundo dos oceanos, atingindo uma profundidade de 11 034 metros. Localiza-se no oceano pacífico, a leste das ilhas Marianas, na fronteira convergente entre as placas tectônicas do Pacífico e das Filipinas. Geologicamente, a fossa das Marianas é resultado geomorfológico de uma zona de subducção.

O ponto mais profundo da fossa foi sondado pelos navios Challenger e Challenger II, da Marinha Real. O local foi batizado, então, de Challenger Deep. O fundo da fossa das Marianas foi atingido em 1960 pelo batiscafo "Trieste", da marinha estadunidense.


A DESCOBERTA

A descoberta foi produto da viagem do Challenger, exploração britânica de volta ao mundo entre 1872 e 1876, percorrendo 127 mil quilômetros. A influência da exploração do Challenger foi tamanha que o estudo do mar, a partir daí, foi encarado  como uma disciplina legítima à qual foi dada o nome de Oceanografia.


OS PRIMEIROS A CHEGAREM

Aconteceu muito recentemente, em 1960, quando o batiscafo Trieste, da marinha dos Estados Unidos, tripulado pelo tenente Don Walsh e o cientista Jacques Piccard participaram da expedição. A descida e subida demorou 9 horas. Os dois exploradores ficaram por 20 minutos no ponto mais profundo dos oceanos. A profundidade é tal que dentro caberia o Everest e ainda sobraria espaço.

Segundo o escritor  Bill Bryson, em seu livro Breve História de Quase Tudo (Ed. Cia das Letras), a aventura nunca mais foi repetida, em parte porque a Marinha dos Estados Unidos se negou a financiar novas missões  porque “a nação estava prestes a se voltar para as viagens espaciais e a missão de enviar um homem à Lua. Isso fez com que as investigações do mar profundo parecessem sem importância e um tanto antiquadas. Mas o fator decisivo foi a escassez de resultados do mergulho do Trieste”.


GRANDES DESCOBERTAS

Em 1985 o oceanógrafo Robert Ballard, que tornou-se famoso pela descoberta do Titanic, utilizou um ROV (Remotely operated underwater vehicle) e seu minissubmarino Alvin para fazer mais uma descoberta histórica em conjunto com o pesquisador Dedley Foster. Eles comprovaram que, ao contrário do que se supunha, abaixo da camada batipelágica situada entre 1000 e 4000 metros, volta a existir vida. Pelas imagens de Ballard e Foster, comprovou-se que graças aos componentes químicos e ao calor exalado pelos vulcões por delicadas “chaminés” encontrados nas Fossas Marianas há vida exuberante nas profundezas.  Ali há um incalculável número de espécimes vivos altamente desenvolvidos e adaptados à colossal pressão encontrada. As filmagens do ROV de Ballard e Foster mudaram para sempre parte da história da evolução da vida no planeta. E abriram um campo imenso para novas pesquisas.


MARÇO DE 2012

Nesse ano o  cineasta James Cameron foi o terceiro ser humano a conseguir a façanha. Ele desceu no submersível Deepesea Challenger até a parte mais profunda da Fossa das Marianas.


POLUIÇÃO DA FOSSA DAS MARIANAS

Apesar da dificuldade de acesso, estudos  mostram que a poluição provocada pelo ser humano já chegou até no fundo da Fossa das Marianas. Matéria do www.sciencedirect.com/ informa que “os japoneses fizeram uma proposta para despejar resíduos em uma planície abissal a meio caminho entre Tóquio e as Marianas do Norte. A possibilidade foi discutida desde meados da década de 1970. A implementação da proposta foi adiada por causa dos protestos de Ilhéus do Pacífico. No início de 1985, o primeiro-ministro Nakasone disse  que a proposta não estava mais em consideração. O mesmo texto diz que “quatro países europeus – liderados em volume pelo Reino Unido – despejaram resíduos nucleares de baixo nível anualmente em um local no Atlântico Nordeste até Fevereiro de 1983. Neste ano uma proposta de moratória dos membros da 1972 London Dumping Convention  interrompeu as operações.


Fontes: Wikipédia, Mar sem Fim

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