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Foto do escritorElisa Gabriela

Ebola


Ebola é uma doença causada por um vírus de mesmo nome, e seu principal sintoma é a febre hemorrágica, que causa sangramentos em órgãos internos. O vírus é nativo da África, onde surtos esporádicos ocorrem ao longo de décadas. É uma doença grave e muitas vezes fatal, com uma taxa de letalidade de até 90%, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). O ebola é transmitido pelo contato direto com o sangue, fluidos corporais e tecidos de animais ou pessoas infectadas. Pacientes gravemente doentes requerem tratamento de suporte intensivo. Durante um surto, aqueles com maior risco de infecção são os profissionais de saúde, familiares e outras pessoas em contato próximo com pessoas doentes e pacientes falecidos. É possível contrair Ebola por meio do contato direto com os fluidos corporais de um animal infectado ou humano. Estes incluem sangue, saliva, sêmen, vômito, urina ou fezes.


COMO FOI DESCOBERTO?

O vírus Ebola foi descoberto em 1976 e acontecem surtos esporádicos desde então. Os primeiros registros do vírus Ebola foram encontrados em macacos, chimpanzés e outros primatas não humanos que vivem na África. Uma cepa mais branda de Ebola foi descoberta em macacos e porcos nas Filipinas - no entanto, o vírus das Filipinas não causa doença em humanos. A doença recebe esse nome por causa do rio Ebola, na República Democrática do Congo, onde o vírus foi encontrado pela primeira vez.

Hoje, o que se acredita é que o morcego seja o responsável por transmitir o vírus para outros animais. Nele o vírus não provoca doença. Mas uma fruta meio comida por um morcego e encontrada por outro animal já pode dar início à epidemia. Macacos, antílopes e porcos-espinho também são afetados pela doença. É possível entrar em contato com o vírus visitando lugares com infestação de morcegos (como minas e cavernas) ou manipulando o tecido de algum animal morto pelo Ebola.


TIPOS

Existem seis subtipos do vírus Ebola. Sendo que os cinco mais conhecidos são:

  • Ebola-Zaire

  • Ebola-Sudão

  • Ebola-Costa do Marfim

  • Ebola-Bundibugyo

  • Ebola-Reston.

Foi descoberto recentemente uma sexta cepa do vírus, que teve os primeiros casos registrados na República Democrática do Congo.

Todos estes subtipos são encontrados na África, exceto o Ebola-Reston, que é encontrado somente nas Filipinas. O vírus Ebola-Reston também é o único subtipo que não vai causar doenças em seres humanos, uma vez que afeta apenas animais.



FATORES DE RISCO

Para a maioria das pessoas, o risco de contrair de Ebola é baixo. No entanto, as chances aumentam se você:

  • Visita áreas nas quais há surto de Ebola

  • Realiza pesquisas em animais, principalmente primatas originários da África ou Filipinas

  • Fornece assistência médica ou pessoal para pessoas infectadas

  • Prepara pessoas infectadas para o enterro, uma vez que os corpos das pessoas contaminadas ainda podem transmitir a doença.


SINTOMAS

Pacientes expostos ao vírus Ebola devem começar a apresentar sintomas entre dois a 21 dias após o contato com a doença, que tem início rápido. Os sintomas iniciais se assemelham aos de uma infecção comum da gripe. Veja:

  • Febre

  • Dor de Cabeça

  • Garganta inflamada

  • Dor articular e muscular

  • Fraqueza.

Conforme o Ebola progride, os sintomas tornam-se mais grave. Sintomas de Ebola em estágio final podem incluir:

  • Vômitos

  • Diarreia

  • Vermelhidão nos olhos

  • Inchaço dos genitais

  • Hemorragia interna e externa (alguns pacientes podem ter sangue saindo de seus olhos, nariz, boca, orelhas ou reto)

  • Erupção ou hemorragia ao longo da pele e mucosas.



DIAGNÓSTICO

Pode ser difícil dizer se uma pessoa tem Ebola analisando somente os sintomas. A equipe médica pode testar primeiro para outras doenças que têm os mesmos sintomas de Ebola, tais como:

  • Cólera

  • Hepatite

  • Malária

  • Meningite

  • Febre Tifóide

Se há suspeita de Ebola, a equipe médica pode faze um exame específico para identificar rapidamente o vírus, o ensaio imunoenzimático (ELISA).

Pessoas diagnosticadas com Ebola devem ser isoladas do público imediatamente para ajudar a prevenir a propagação do vírus. Profissionais de saúde e outras pessoas que entrem em contato com o doente deve usar equipamento de proteção, como luvas, toucas e máscaras.


TRATAMENTO

Não há cura para Ebola. Os únicos tratamentos disponíveis são aqueles destinados a ajudar a aliviar os sintomas. Estas podem incluir:

  • Oxigenoterapia

  • Fluidos intravenosos

  • Transfusões de sangue

  • Medicamentos para tratar choque

  • Medicamentos para a dor.

Uma vez que a doença foi curada, a pessoa está imune ao vírus Ebola. Dessa forma, pode entrar em contato com outras pessoas que tenham a doença sem maiores riscos.


POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES

Conforme o Ebola progride, pode causar:

  • Falência múltipla de órgãos

  • Hemorragia grave

  • Icterícia

  • Delírio

  • Convulsões

  • Coma

  • Choque.

Uma razão pela qual os vírus são tão mortais é que eles interferem com a capacidade do sistema imunológico para montar uma defesa.

Para as pessoas que sobrevivem, a recuperação é lenta. Pode levar meses para recuperar o peso e força, e o vírus pode permanecer no organismo durante semanas. As pessoas podem experimentar:

  • Perda de cabelo

  • Alterações sensoriais

  • Inflamação do fígado (hepatite)

  • Fraqueza

  • Fadiga

  • Dores de cabeça

  • Inflamação dos olhos

  • Inflamação testicular.

PREVENÇÃO

As seguintes precauções podem ajudam a prevenir a infecção e disseminação do vírus Ebola:


  • Evite áreas de surtosAntes de viajar para a África, saiba mais sobre as epidemias atuais e converse com um médico sobre os possíveis riscos.


  • Lave as mãos com frequência

Tal como acontece com outras doenças infecciosas, uma das medidas preventivas mais importantes é lavar as mãos frequentemente. Use água e sabão ou usar álcool gel 60% quando sabão e água não estão disponíveis. Essas medidas devem ser tomadas principalmente para pessoas em áreas de risco.


  • Evite o contato com pessoas infectadas

Cuidadores e profissionais de saúde devem evitar o contato com fluidos e tecidos do corpo da pessoa infectada, incluindo sangue, sêmen, secreções vaginais e saliva. Pessoas com Ebola são mais contagiosas nos estágios mais avançados da doença. Para interagir com o paciente, o ideal é usar luvas, máscaras, aventais e protetores oculares.

Pessoas infectadas devem ser isoladas das outras. Agulhas utilizadas devem ser descartadas e os instrumentos esterilizados.


  • Não manusear corpos de pessoas infectadas

Os corpos das pessoas que morreram de Ebola ainda são contagiosos. Equipes organizadas e treinadas devem enterrar os corpos, usando equipamento de segurança apropriado.

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