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Foto do escritorElisa Gabriela

Caso Marco Aurélio


A historia do escoteiro Marco Aurélio Simon, então com 15 anos e escoteiro, emocionou os brasileiros na década de 80 e até hoje continua sem um ponto final. O adolescente sumiu em uma das montanhas mais altas do Estado de São Paulo. Junto com mais cinco escoteiros, Marco Aurélio foi escalar o pico dos Marins, que fica na Serra da Mantiqueira, cadeia de montanhas entre os Estados de São Paulo, Rio e Minas. É o segundo ponto mais alto do Estado de São Paulo e o 26º do Brasil.

Desde recém-nascido, Marco Aurélio tinha a saúde mais frágil do que os outros irmãos. Mesmo assim, Nelma conta  que o filho era valente. — Ele era muito esperto, muito arteiro. O Marco Aurélio não parava. Então não era uma criança que a gente pudesse tomar uma atenção especial porque ele não fazia por onde. Estava doente, estava, mas ele não se entregava.


No dia 6 de junho de 1985, o Marco Aurélio estava determinado a fazer o acampamento que seria o mais importante da vida dele e que o tornaria um escoteiro senior. Foram acampar a 2.400 metros de altitude no pico dos Marins. Ele tinha um irmão gêmeo, mas que não pode ir na escalada porque estava doente.

Além do Marco Aurélio, participaram da escalada o líder do grupo, Juan Bernabeu Cespedes, na época com 36 anos, e os adolescentes Ricardo Salvioni, Osvaldo Lobeiro e Ramatís Rohm. Todos com 15 anos, como Marco Aurélio. Os escoteiros fizeram a escalada em seis horas. Isso revelaria que o líder errou o caminho. Antes de chegaram ao topo, um dos garotos, o Oswaldo, se machucou e o líder decidiu abortar a escalada até o pico e prestar socorro ao menino machucado.

Marco Aurélio foi pedir ajuda para o amigo e, por isso, se separou do grupo. Na época, criou-se uma polêmica em torno da situação: teria o chefe Juan ordenado que Marco Aurélio procurasse ajuda ou ele teria se oferecido para descer na frente e buscar o socorro imediato? Segundo Juan, o garoto tomou a iniciativa. Ele saiu com um apito, uma faca e um pedaço de giz para marcar o caminho. A medida que descia, o jovem escrevia o número 240 nos locais, que era o número do grupo de escoteiros a qual fazia parte. Uma pedra foi o último lugar onde ainda é possível saber que o escoteiro esteve.  

Começou-se as buscas pelo jovem. Depois que a procura oficial foi encerrada, depois de 28 dias a saga da família de marco continua. Esse aqui é um mapa da região cheio de pontinhos vermelhos, por toda essa região, toda região a família espalhou cartazes. Foram muitos cartazes de diferentes cartazes com "procure Marco Aurélio" e, na época, a família oferecia 30 milhões de cruzeiros. Até hoje, foram espalhados cerca de 30 mil cartazes. Mas absolutamente ninguém deu um retorno. Praticamente não existem pistas para explicar como Marco Aurélio desapareceu. Não há sinal de acidente, de violência ou de ataque de algum animal. A família até aceita que Marco Aurélio tenha perdido a memória, mas não acredita que ele tenha fugido de casa.

O então líder do grupo de escoteiros, Juan Cespedes, se tornou suspeito de assassinar e ocultar o cadáver de Marco Aurélio. Com o tempo, a polícia desistiu de investigar Juan e os outros meninos. Nada foi provado contra eles. Sem outros suspeitos, o inquérito foi arquivado.  




A HISTÓRIA

O grupo chegou à cidade de Piquete no dia 06 de junho de 1985, uma quinta-feira.. Os escoteiros do grupo Olivetano então se dirigiram à propriedade do Sr. Afonso Xavier, um conhecido guia local com mais de 50 anos de experiência em guiar tuirstas ao Pico dos Marins, onde montaram acampamento e realizaram diversas atividades próprias do escotismo. O acampamento se tornou a "Base" dos escoteiros para sua missão. Daquele local, onde estavam acampados, partiriam para a trilha em direção ao "Pico dos Marins".

Vista do Cume do Pico dos Marins (MG)

A viagem não trazia nenhum desafio excepcional, pelo contrário: o Pico dos Marins já era um destino bastante procurado por turistas e aventureiros. Nem escalada estava incluída no passeio. Para chegar ao topo do morro, bastava fôlego para subir uma trilha aberta na década de 30. No dia 07/06/1985 (Sexta-Feira), os escoteiros, liderados por Juan Bernabeu Céspedes, iniciaram os preparativos para a subida ao cume, que só ocorreria na manhã seguinte. Certo da facilidade do trajeto, Juan Bernabeu dispensou o guia (Sr. Afonso) que seguiria a trilha com o grupo. No dia seguinte (08/06/1985), os escoteiros começaram a caminhada em direção ao cume do Pico dos Marins. Quando o grupo estava entre o "Morro do Careca e o Pico dos Marins", um dos escoteiros, Osvaldo Lobeiro, sofreu uma luxação no joelho. Devido à esse problema, todos desistiram da subida e decidiram retornar ao acampamento.

Então foi improvisada uma maca para transporte do escoteiro Osvaldo Lobeiro, mas ela não ficou adequada, então todos resolveram levá-lo de volta apoiado nos ombros de seus amigos, e começaram a descida de volta. Antes da descida, Marco Aurélio, o qual tinha mais experiência entre os integrantes do grupo, e também era o monitor da equipe, pediu para ir na frente com o objetivo de abrir o caminho para que os companheiros conseguissem passar com mais facilidade, tendo em vista que até aquele momento havia previsão de que o escoteiro ferido seria transportando em uma maca. O líder do grupo, Juan Bernabeu, autorizou a descida de Marco Aurélio, mas orientou que ele livasse um giz para marcar durante seu trajeto, o número "240", que era o número do Grupo de Escoteiros Olivetanos ao qual eles pertenciam. Marco Aurélio partiu então para a descida. Era 14:30' do sábado, 08 de Junho de 1985, último momento em que o escoteiro Marco Aurélio Simon foi visto. Algum tempo depois, o restante do grupo transportando o ferido também parte para a descida.

O grupo então passa por três pedras, e encontra as marcas "240", feitas por Marco Aurélio, mas após a terceira pedra, surge uma bifurcação, com trilhas à esquerda e a direita. O grupo então percebeu que Marco Aurélio havia ido pela trilha da esquerda, mas nesse trajeto haviam obstáculos, fazendo com que não fosse possível passar com o ferido, pois estavam levando Osvaldo Lobeiro apoiado nos ombros. Nesse momento o líder do grupo, Juan Bernabeu, decide pegar então a trilha da direita, sendo que todos o questionam, pois Marco Aurélio havia pego a trilha da esquerda. Como resposta, Juan diz que não havia problema, pois eles se cruzariam mais à frente, e seguem a trilha determinada (da direita).

Devido à essa decisão, o caminho se tornou mais longo, fazendo com que todos só chegassem de volta ao acampamento à 05:30' da manhã do dia seguinte, levando aproximadamente 15 horas para cumprir o trajeto. Todos imaginavam que encontrariam Marco Aurélio talvez dormindo na barraca do acampamento, mas ao chegarem encontraram a barraca vazia com os pertences do amigo perdido intactos. Todos estranharam e ficaram preocupados e assustado, pois caminho que ele deveria ter feito, já seria tempo de ter chegado ao acampamento.

Na manhã seguinte, o líder decidiu voltar às trilhas percorridas, com o objetivo de encontrar Marco Aurélio, mas retornou 5 horas depois, sem suceso. Nenhum vestígio do garoto foi encontrado. Com o comunicado do desaparecimento de Marco Aurélio Simon, uma grande busca foi realizada incessantemente durante os trinta dias seguintes ao fato, contando com mais de 300 pessoas, entre soldados e oficiais da Polícia Militar, Batalhão de Infantaria do Exército sediado em Lorena, bombeiros, cães farejadores, alpinistas, mateiros, guias, voluntários e equipes especializadas em salvamento e busca na selva; parapsicólogos, sensitivos, videntes e cartomantes chegaram a participar dos esforços. Também foram utilizados helicópteros e até um avião da força aérea, o qual sobrevoou a região tirando fotos com o objetivo de conseguir alguma pista sobre Marco Aurélio. A região foi completamente vasculhada e sobrevoada por helicópteros e aviões, mas sem sucesso. Nada, nem uma única marca ou minúscula pista foi encontrada. Marco Aurélio havia "evaporado".

Teorias

Algumas das hipóteses levantadas na época para o mistgerioso desaparecimento foram as seguintes: ele teria sido assassinado pelo líder (esta foi a primeira possibilidade levantada pela polícia, que depois a descartou porque Juan não tinha instrumentos capazes de matar o garoto e sumir com o corpo).

Outra teoria é de que Marco Aurélio teria caído em algum buraco (se isso tivesse ocorrido, o cheiro do corpo em putrefação teria chamado a atenção dos cães farejadores que participaram da busca, o que não ocorreu) ou simplesmente fugido (nenhum morador da cidade ou dos arredores viu o escoteiro). A quarta hipótese é de que ele poderia ter sido "abduzido" (levado por extraterrestres). O Pico dos Marins é considerado uma região com muito poder magnético, o que, segundo místicos, atrairiam naves extraterrestres. Por isso, a família até procurou ufólogos, que também não souberam explicar o que havia acontecido. Com o fracasso das investigações, a família passou a contar com o apoio de místicos, religiosos e ufólogos. “Fomos a umbandistas, parapsicólogos, espíritas. A maioria diz que ele está vivo”, conta Ivo.

Quando procuraram o famoso médium Chico Xavier, o qual morreu no ano de 2002, tiveram a seguinte resposta: “Só me comunico com pessoas que desencarnaram, e não com os vivos”.

Por conta disso tudo, a família Simon acredita que o rapaz ainda está vivo, e acompanha como seria a fisionomia do filho pelas transformações no rosto de Marco Antonio, irmão gêmeo univitelino de Marco Aurélio.

Marco Antonio Simon, irmão gêmeo de Marco Aurélio em foto tirada em 10/10/2015 no lançamento do livro "Operação Marins - Edição Especial na cidade de Piquete/SP. Nessa época Marco Aurélio deveria estar com essa aparência, devido à serem gêmeos idênticos.

O MISTÉRIO DA LUZ E DO APITO

Vista do "Pico dos Marins", local do desaparecimento do Escoteiro Marco Aurélio. Nesta região também existem relatos de avistamentos de luzes misteriosas e OVNI's.

Na segunda noite de buscas, os garotos que estavam com Marco Aurélio, em conjunto com o líder do grupo (Juan Bernabeu) e mais algumas outras pessoas estavam se preparando para suas acomodações e dormir, ouviram primeiro um grito na mata próxima, sendo que após o grito surgiu o som de um apito. Todos se espantaram, pois Marco Aurélio como escoteiro usava um apito, que é um instrumento de auxílio para ajudar a localização de uma pessoa perdida ou em dificuldades na mata. No momento do som do apito, todos saíram do casa onde todos estavam alojados, que era do Sr. Afonso que era um guia local, e se dirigem em direção à mata, onde havia surgido o som, e de repente se deparam com flash's de luzes azuis, as quais se acenderam e se apagaram por três vezes. Após esse incidente, o líder do grupo, Juan Bernabeu, também pega seu apito e vai em direção à mata e começa à soprá-lo, solicitando um retorno, mas nada acontece, somente silêncio.

Em consulta, os estudiosos de assuntos ufológicos disseram que nesse momento foi o instante em que Marco Aurélio pode ter sido abduzido por extraterrestres, devido aos detalhes do fenômeno.

O fato citado acima foi verídico, e consta no processo policial sobre o desaparecimento de Marco Aurélio.


Créditos: Além da Imaginação, Notícias R7

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Elisa Lam

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