Plutão é um planeta anão que está localizado a 5,9 bilhões de quilômetros distante do Sol.
Vale ressaltar que Plutão não é mais considerado um planeta do sistema solar desde 2006. Nesse ano, a União Astronômica Internacional o classificou como um "planeta anão" por conta das novas classificações que definiam um corpo celeste como planeta.
Assim, o grupo, formado por 2,5 mil cientistas, estabeleceu que para ser considerado um planeta, o corpo celeste deve:
assumir a forma arredondada;
ter gravidade própria a partir de sua volumosa massa;
orbitar em torno de uma estrela;
ser dominante na órbita.
ÓRBITA E ROTAÇÃO
Plutão leva 248 anos para completar uma órbita. Suas características orbitais são bastante diferentes das dos planetas, que seguem uma órbita quase circular ao redor do Sol próximo a um plano horizontal chamado eclíptica. Em contraste, a órbita de Plutão é altamente inclinada em relação à eclíptica (mais de 17°) e excêntrica. Devido a essa excentricidade, uma pequena parte da órbita de Plutão está mais próxima do Sol do que a de Netuno. A última vez que Plutão ficou mais próximo do Sol do que Netuno foi entre 7 de fevereiro de 1979 e 11 de fevereiro de 1999. Cálculos precisos indicam que a vez anterior que isso aconteceu durou apenas 14 anos, entre 11 de julho de 1735 e 15 de setembro de 1749, enquanto que de 30 de abril de 1483 a 23 de julho de 1503 também durou 20 anos. Apesar de esse padrão repetitivo sugerir uma órbita regular, a órbita de Plutão é, a longo prazo, caótica.
Atualmente Plutão está a 32,32 UA do Sol.
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
Plutão está muito longe da Terra, o que dificulta observações detalhadas e envio de sondas. Alguns detalhes de Plutão foram revelados pela sonda New Horizons em 2015, ainda muito detalhes vão continuar desconhecidos.
O coração de Plutão
De todas as características físicas, a "Sputnik Planitia" originalmente chamada "Sputnik Planum", popularmente conhecida como o coração de Plutão, é hoje a característica geográfica mais reconhecível do planeta. Essas planícies em forma de coração, segundo um estudo, são recortadas com dunas de areia, onde a areia é feita de gelo sólido de metano.
Geografia
A geografia plutoniana está voltada principalmente para o que é chamado geografia física na Terra; isto é, a distribuição de características físicas em todo Plutão e suas representações cartográficas. Em 14 de julho de 2015, a espaçonave New Horizons se tornou a primeira espaçonave a voar por Plutão e durante seu breve sobrevoo, a sonda fez medições geográficas e observações detalhadas de Plutão e suas luas.
Satélites Naturais
Plutão possui cinco satélites naturais conhecidos: Caronte, descoberto em 1978 pelo astrônomo James Walter, e outras quatro luas menores, Nix e Hidra, ambas descobertas em 2005, Cérbero, descoberta em 2011, e Estige, descoberta em julho de 2012.
As luas de Plutão estão estranhamente perto de Plutão em comparação com outros sistemas. Luas poderiam potencialmente orbitar Plutão a mais de 53% (69%, se retrógradas) do raio da esfera de Hill, a zona gravitacional estável da influência de Plutão. Psámata, por exemplo, orbita Netuno a 40% do raio de Hill. No caso de Plutão, somente os 3% internos da zona são ocupados por satélites. De acordo com os descobridores, o sistema de Plutão aparenta ser "altamente compacto e amplamente vazio", embora outros apontem a possibilidade de um sistema de anéis.
Caronte
O sistema Plutão-Caronte é notável por ser o maior dos poucos planetas binários do Sistema Solar, definidos assim quando o baricentro se localiza acima da superfície do corpo primário (617 Patroclus é um exemplo menor). Isso e o grande tamanho de Caronte em relação a Plutão levou alguns astrônomos a chamá-lo de um planeta anão duplo. O sistema também é incomum pelo fato de haver acoplamento de marés nele, ou seja, o lado de Plutão virado para Caronte é sempre o mesmo e vice-versa. Por causa disso, o período de rotação dos dois corpos é igual ao período orbital em volta do centro de massa comum. Como Plutão gira de lado em relação ao plano orbital, o sistema Caronte também faz isso. Em 2007, observações de hidrato de amônia e cristais de água na superfície de Caronte feitas pelo Observatório Gemini sugerem a presença de crio-gêiseres ativos.
Nix e Hidra
Essas pequenas luas orbitam Plutão a aproximadamente duas e três vezes, respectivamente, a distância de Plutão a Caronte: Nix a 48 700 km e Hidra a 64 800 km do baricentro do sistema. Elas têm órbitas prógradas quase circulares que estão no mesmo plano orbital de Caronte e estão bem perto de uma ressonância orbital 4:1 e 6:1 com Caronte.
Observações de Nix e Hidra para revelar características individuais estão em andamento. Às vezes Hidra é mais brilhante que Nix, sugerindo que é maior ou possui partes da sua superfície que variam o brilho. Os tamanhos são estimados a partir dos albedos. A similaridade espectral de Nix, Hidra e Caronte sugerem um albedo de 35%, similar ao de Caronte. Esse valor resulta em um diâmetro estimado de 46 km para Nix e 61 km para Hidra. O limite do diâmetro pode ser estimado assumindo o albedo de 4% dos objetos mais escuros do cinturão de Kuiper. Esses limites são de (137 ± 11) km e (167 ± 10) km, respectivamente.
Fonte: Toda Matéria, Wikipédia
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