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Foto do escritorElisa Gabriela

Plutão


Plutão é um planeta anão que está localizado a 5,9 bilhões de quilômetros distante do Sol.

Vale ressaltar que Plutão não é mais considerado um planeta do sistema solar desde 2006. Nesse ano, a União Astronômica Internacional o classificou como um "planeta anão" por conta das novas classificações que definiam um corpo celeste como planeta.

Assim, o grupo, formado por 2,5 mil cientistas, estabeleceu que para ser considerado um planeta, o corpo celeste deve:

  • assumir a forma arredondada;

  • ter gravidade própria a partir de sua volumosa massa;

  • orbitar em torno de uma estrela;

  • ser dominante na órbita.

ÓRBITA E ROTAÇÃO

Este diagrama mostra as posições relativas de Plutão (em vermelho) e Netuno (em azul) em diferentes datas. O tamanho de Plutão e Netuno é proporcional à distância entre eles para enfatizar a aproximação de 1896.

Plutão leva 248 anos para completar uma órbita. Suas características orbitais são bastante diferentes das dos planetas, que seguem uma órbita quase circular ao redor do Sol próximo a um plano horizontal chamado eclíptica. Em contraste, a órbita de Plutão é altamente inclinada em relação à eclíptica (mais de 17°) e excêntrica. Devido a essa excentricidade, uma pequena parte da órbita de Plutão está mais próxima do Sol do que a de Netuno. A última vez que Plutão ficou mais próximo do Sol do que Netuno foi entre 7 de fevereiro de 1979 e 11 de fevereiro de 1999. Cálculos precisos indicam que a vez anterior que isso aconteceu durou apenas 14 anos, entre 11 de julho de 1735 e 15 de setembro de 1749, enquanto que de 30 de abril de 1483 a 23 de julho de 1503 também durou 20 anos. Apesar de esse padrão repetitivo sugerir uma órbita regular, a órbita de Plutão é, a longo prazo, caótica.

Atualmente Plutão está a 32,32 UA do Sol.


CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

Plutão está muito longe da Terra, o que dificulta observações detalhadas e envio de sondas. Alguns detalhes de Plutão foram revelados pela sonda New Horizons em 2015, ainda muito detalhes vão continuar desconhecidos.


O coração de Plutão

Sputnik Planitia é coberta por "células" de gelo que são geologicamente jovens e mudam de posição devido a um processo chamado convecção.

De todas as características físicas, a "Sputnik Planitia" originalmente chamada "Sputnik Planum", popularmente conhecida como o coração de Plutão, é hoje a característica geográfica mais reconhecível do planeta. Essas planícies em forma de coração, segundo um estudo, são recortadas com dunas de areia, onde a areia é feita de gelo sólido de metano.


Geografia

A geografia plutoniana está voltada principalmente para o que é chamado geografia física na Terra; isto é, a distribuição de características físicas em todo Plutão e suas representações cartográficas. Em 14 de julho de 2015, a espaçonave New Horizons se tornou a primeira espaçonave a voar por Plutão e durante seu breve sobrevoo, a sonda fez medições geográficas e observações detalhadas de Plutão e suas luas.


Satélites Naturais

Plutão possui cinco satélites naturais conhecidos: Caronte, descoberto em 1978 pelo astrônomo James Walter, e outras quatro luas menores, Nix e Hidra, ambas descobertas em 2005, Cérbero, descoberta em 2011, e Estige, descoberta em julho de 2012.

As luas de Plutão estão estranhamente perto de Plutão em comparação com outros sistemas. Luas poderiam potencialmente orbitar Plutão a mais de 53% (69%, se retrógradas) do raio da esfera de Hill, a zona gravitacional estável da influência de Plutão. Psámata, por exemplo, orbita Netuno a 40% do raio de Hill. No caso de Plutão, somente os 3% internos da zona são ocupados por satélites. De acordo com os descobridores, o sistema de Plutão aparenta ser "altamente compacto e amplamente vazio", embora outros apontem a possibilidade de um sistema de anéis.


Caronte

Fotografia de Plutão e Caronte tirada pela New Horizons em janeiro de 2015.

O sistema Plutão-Caronte é notável por ser o maior dos poucos planetas binários do Sistema Solar, definidos assim quando o baricentro se localiza acima da superfície do corpo primário (617 Patroclus é um exemplo menor). Isso e o grande tamanho de Caronte em relação a Plutão levou alguns astrônomos a chamá-lo de um planeta anão duplo. O sistema também é incomum pelo fato de haver acoplamento de marés nele, ou seja, o lado de Plutão virado para Caronte é sempre o mesmo e vice-versa. Por causa disso, o período de rotação dos dois corpos é igual ao período orbital em volta do centro de massa comum. Como Plutão gira de lado em relação ao plano orbital, o sistema Caronte também faz isso. Em 2007, observações de hidrato de amônia e cristais de água na superfície de Caronte feitas pelo Observatório Gemini sugerem a presença de crio-gêiseres ativos.


Nix e Hidra

Plutão e três das cinco luas.

Essas pequenas luas orbitam Plutão a aproximadamente duas e três vezes, respectivamente, a distância de Plutão a Caronte: Nix a 48 700 km e Hidra a 64 800 km do baricentro do sistema. Elas têm órbitas prógradas quase circulares que estão no mesmo plano orbital de Caronte e estão bem perto de uma ressonância orbital 4:1 e 6:1 com Caronte.

Observações de Nix e Hidra para revelar características individuais estão em andamento. Às vezes Hidra é mais brilhante que Nix, sugerindo que é maior ou possui partes da sua superfície que variam o brilho. Os tamanhos são estimados a partir dos albedos. A similaridade espectral de Nix, Hidra e Caronte sugerem um albedo de 35%, similar ao de Caronte. Esse valor resulta em um diâmetro estimado de 46 km para Nix e 61 km para Hidra. O limite do diâmetro pode ser estimado assumindo o albedo de 4% dos objetos mais escuros do cinturão de Kuiper. Esses limites são de (137 ± 11) km e (167 ± 10) km, respectivamente.




Fonte: Toda Matéria, Wikipédia

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