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Foto do escritorElisa Gabriela

Família Manson

Atualizado: 1 de out. de 2018

Família Manson é o nome pelo qual ficou conhecido o grupo formado por Charlie Manson e seus seguidores na Califórnia dos nos anos 1960. Composto de jovens vindos de diversas partes dos Estados Unidos para este estado e vivendo em comunidade em diversas partes da área de Los Angeles até estabelecerem-se numa propriedade conhecida como Spahn Ranch, dedicava-se principalmente a pequenos golpes, consumo de drogas, sexo livre e à idolatria de seu líder.

Em agosto de 1969, integrantes do grupo, seguindo ordens de Manson, cometeram uma série de assassinatos em Los Angeles, o mais famoso deles foi o Caso Tate-LaBianca envolvendo a atriz Sharon Tate, que os transformou em figuras mundiais. Mesmo após a prisão de seu líder e dos assassinos que o seguiram, o grupo continuou a ser notícia por roubos e atentados cometidos, até os anos 1970.


OS MEMBROS

Charlie Manson - líder, mentor intelectual e espiritual, condenado à morte em 1971 pelos assassinatos Tate-LaBianca. Sua pena foi convertida em prisão perpetua, assim como as dos demais assassinos. Cumpriu a pena em prisão especial na Califórnia até 19 de novembro de 2017, quando veio a falecer.

Charles ''Tex'' Watson - um dos principais seguidores e matadores de Manson, foi o principal assassino das duas chacinas do Caso Tate-LaBianca. Cumpre pena de prisão perpétua no norte da Califórnia, desde 1971.

Susan Atkins - Uma das assassinas de Sharon Tate, cumpria pena de prisão perpétua pelos crimes até morrer de câncer no cérebro, em 24 de setembro de 2009.

Patrícia Krenwinkel - cumpre pena de prisão perpétua pelos assassinatos no Caso Tate-LaBianca

Linda Kasabian - participou como testemunha dos dois massacres e depois depôs contra os companheiros no julgamento, recebendo imunidade. Voltou depois do julgamento para New Hampshire onde tentou por anos desaparecer dos holofotes da mídia para criar o filho pequeno. Nos anos seguintes teve alguns problemas com a polícia e reapareceu em 2009.

Leslie Van Hounten - cumpre prisão perpétua por participação nos assassinatos do casal Leno e Rosemary LaBianca desde 1971.

Lynette ''Squeaky'' Fromme - Condenada à prisão perpétua pela tentativa de assassinato do presidente Gerald Ford em 1975, foi colocada em liberdade condicional em 2009, após 34 anos de cadeia, por bom comportamento. Passará o resto da vida em liberdade condicional, sendo monitorada por funcionários da Corte de Justiça dos Estados Unidos.

Sandra Good - Presa em 1975 por enviar cartas com ameaças de morte a executivos de empresas pelo correio, foi condenada a 10 anos de prisão. Libertada em 1985, no meio dos anos 1990 criou um site na internet de apoio a Manson e continua a defender a inocência do antigo líder nele.

Bobby Beausoleil - cumpre pena de prisão perpétua pela morte de Gary Hinman, ocorrida poucos dias antes da chacina na casa de Sharon Tate.


Steve Grogan em foto do departamento de polícia da Califórnia

Steve Grogan - condenado a prisão perpétua pela morte de Donald "Shorty" Shea em 1969, um trabalhador do rancho onde a ''Familia" vivia. Depois de preso, Grogan ajudou a polícia a encontrar o corpo de "Shorty" e se tornou um prisioneiro modelo. Recebeu liberdade condicional em 1986, sendo o unico integrante da seita de Manson condenado a prisão perpétua por assassinato a ter conseguido isso.

Catherine ''Gipsy'' Share - A mais velha das mulheres da 'família' - 26 anos na época dos crimes - foi presa em 1971 ao assaltar uma loja de armas na Califórnia com outros integrantes do bando, com a intenção a sequestrar um Boeing-747 para exigir a libertação de Charles Manson e demais assassinos prisioneiros, em troca da vida dos passageiros. Passou cinco anos presa. Hoje vive uma vida comum e escreveu um livro sobre seu passado.

Mary Brunner - a primeira das seguidoras de Manson e mãe de um filho seu, Valentine Michael, foi presa junto com "Gipsy' no assalto à loja de armas na Califórnia. Passou cinco anos presa e após ser libertada reconquistou a custódia sobre o filho e se afastou completamente de qualquer ligação com o ex-amante e líder, mudando seu nome e desaparecendo no anonimato. Vive hoje em algum lugar do Meio-Oeste dos Estados Unidos.

Bruce Davis - condenado a prisão perpétua pela participação nos assassinatos de Donald 'Shorty' Shea e Gary Hinman, cumpre pena na prisão em San Luis Obispo, Califórnia. Em 2012, ele teve direito a liberdade condicional concedida pela banca examinadora de sua apelação judicial, mas o benefício foi negado pelo governador da Califórnia Jerry Brown e continua preso.


O MASSACRE DE SHARON TATE

Bastaram 2 crime e 7 vítimas para que Manson fosse condenado a vida inteira na prisão. Apesar não ter como afirmar se foram apenas esses assassinatos cometidos por ele, nada se compara ao nível de crueldade do caso Tate-LaBianca.

Tudo começou com o massacre da noite de 09 de agosto de 1969, Sharon Tate era uma atriz famosa de Hollywood, casada e grávida de um conhecido diretor de cinema Roman Polanski. Sharon estava em casa na companhia de alguns amigos, enquanto o marido estava viajando, quando foi brutalmente assassinada pela seita de Manson. A casa que eles viviam tinha sido ocupada por um produtor musical pouco antes, esse produtor teve uma relação complicada com Manson o iludindo sobre o estrelaço musical e a fama, com desejo de vingança e ódio, Manson mandou 4 pessoa a tal casa para que matassem sem qualquer piedade, todos que moravam ali, seus enviados foram: Susan Atkins, Patrícia Krenwinkel, Leslie Van Hounten e Tex Watson.

Tex Watson era tão terrível quanto Manson, um seguidor fiel, braço direito, que ensinava aos outros membros que esfaquear a vítima não era suficiente, para causar estrago era preciso enfiar a faca e puxa-la para cima, segundo a palavra da própria policia. Todos estavam profundamente drogados na noite do crime e o estado de delírio fazer isso tudo parecer um pesadelo vivo. A cena encontrada pela policia era um verdadeiro pandemônio de sangue e violência. 4 pessoas esfaqueadas e baleadas, brutalmente assassinadas.

As mensagens HEALTER SKELTER estavam escritas com sangue na parede, era como uma assinatura para eles. Os principais membros da seita de Manson eram assassinos alucinados, nenhuma digital ou rastro deles foram encontrados e durante muitos meses o mistério do que aconteceu na casa de Sharon Tate permaneceu sem explicações por falta de provas a polícia concluiu que os 4 morreram em um acerto de contas ligado ao tráfico de drogas, mal sabiam que os casos de violências ligados a família Manson estava só começando.


O ASSASSINATO DOS LABIANCA

Um dia depois do massacre na casa de Sharon Tate, o grupo de assassinos de Manson estavam de volta as ruas de Los Angeles, caçando novas vítimas. Aleatoriamente, Manson e os outros invadiram a casa de Leno e Rosemary LaBianca, primeiro Manson entrou e rendeu o casal dizendo que era um assalto, depois chamou seu grupo dando instruções e pedindo que não demonstrassem que a intenção era mata-los. Eles mataram a senhora LaBianca no quarto do casal com 42 facadas enquanto Manson matava o marido também a facadas na sala de estar.

O nível de loucura e crueldade desse assassinos estava sem controle. Depois de assassinar os LaBianca deixaram novamente a mensagem Healter Skelter com sangue na porta da geladeira, comeram na cozinha e limparam absolutamente cada canto da casa. Mais uma vez nenhum vestígio deles foram deixado para trás e o vício em drogas parecia que o vício agora era em sangue.

Mesmo com a semelhança dos casos, a polícia não achou que eles estivessem ligados de alguma forma e foram investigados isoladamente.


QUASE PRESOS

Você acreditaria que Charlie Manson e mais 27 membros da sua família foram presas dias após o assassinato sem nenhuma suspeita que eles eram o verdadeiros culpados?

Incrivelmente foram preso somente pelo roubo de carro, a polícia pensou que estava apenas lidando com bando de hippies ladrões e não faziam ideia que eles tinham matado 7 pessoas dias antes. As autoridades disseram que quando prendem um grande grupo que nem o dele sempre existe alguém que acaba apontando um culpado, mais isso não aconteceu, sem saber quem era responsável pelos roubos, um promotor negou o caso e todos foram soltos, incluindo Charlie Manson.

Foi nesse momento que todos os seus seguidores foram viver ainda mais longe da civilização, fechados e isolados na sua própria loucura. O rancho ficava no Vale da Morte no deserto da Califórnia.






O ASSASSINATO DE GARY HINMAN

Quando a investigação Kate-LaBianca ja não tinha mais saída ou explicações, uma série de deslize no assassinato do músico Gary Hinman deram as pistas que a polícia precisava para chegar na família Manson.

Foi por causa de uma suposta herança que Manson mandou seus seguidores: Susan Atkins e Bobby Beausoleil ir até a casa de Hinman para força-lo a entregar o dinheiro. Depois de torturar o homem por 2 dias inteiro e não verem nenhum sinal da tal herança, Manson resolveu a situação com suas próprias mãos. Cortou a orelha de Hinman e mandou que matassem. Mais uma cena de crime com as mensagens escritas com sangue na parede e sem nenhum sinal dos culpados. Algum tempo depois, quando os assassinos ja estavam esquecidos da mídia, a polícia encontrou Bobby Beausoleil andando no carro de Hinman e o prendeu como suspeito de assassinato. A namorada de Bobby achou injusto que ele levasse toda culpa do crime e entregou Susan Atkins para polícia. Susan ficou na cela junta com 2 prostitutas e os delírios e viagens de LSD a fizeram confessar e se gabar que ela era a real assassina do caso Tate-LaBianca. As prostitutas foram direto contar pra polícia o que tinha ouvido da boca de Susan. Foi uma confissão voluntária que concluiu um dos casos mais famosos da mídia americana.

Depois de montar uma mega operação, a polícia invadiu o rancho da família Manson no Vale da Morte e prendeu todos os envolvidos do assassinato de Hinman, Tate e os LaBianca.

O mais surpreendente era como o maior bando de psicopatas e sociopatas já vistos conseguia viver em perfeita harmonia.


O JULGAMENTO

Os jornais do mundo inteiro estavam na porta do tribunal para acompanhar de perto o julgamento de Charlie Manson, Susan Atkins, Patrícia Krenwinkel, Leslie Van Hounten e Tex Watson, muitos adoradores de Manson foram até lá para protestar a favor da inocência deles, eles cantavam e não paravam de falar da tal revolução, o show de horrores estava apenas começando. Todos os acusados tinham comportamentos instáveis, o primeiro desafio que a acusação enfrentaria são as alegações de sanidade. O segundo era provar que Manson era mente por trás de tudo. Insanidade é um termo que eles usam para pessoas que não entendem o que elas estão fazendo é contra lei. Charlie só não tinha lucidez dos seus pensamentos e atos como controlou e influenciou o comportamento de Susan, Patrícia, Leslie, Tex e muitos outros.

As mulheres de Manson como eram conhecidas, Susan, Patricia e Leslie eram tão devotas a figura de Charlie Manson que provaram sua lealdade diante a frente do juiz. No primeiro dia elas chegaram no tribunal cantarolando e de mãos dadas. Agiam como se não estivessem sendo julgadas por assassinatos tão terríveis, era como se nada estivesse acontecendo. Muita coisa bizarra aconteceu e o julgamento parecia não ter fim. O mais estranho de tudo foi quando o advogado de defesa Ronald simplesmente desapareceu e só foi encontrado morto 6 meses depois. Antes disso Manson havia ameaçado, disse que nunca mais queria vê-lo no tribunal e ele nunca mais foi visto novamente. A promotoria que lutava pela condenação dos assassinos, usou o depoimento de Paul Watkins, um ex seguidor da família Manson como prova, ele confessou a polícia que enquanto esteve na presença de Manson, ouvia falar sobre revolução, morte, porcos e esfaquear pessoas e que esse comportamento obsessivo foi se tornando cada vez pior ao passar do tempo.



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